Desafios das  Gestões Corporativas na Nova Economia

08 mar Desafios das  Gestões Corporativas na Nova Economia

O cliente é uma pessoa que usa um serviço ou produto em troca de pagamento. Ele desempenha um papel fundamental para a empresa no aprimoramento das estratégias de vendas, na promoção do negócio, na tomada de decisões internas e, igualmente, é a motivação por trás da criação de novos produtos e serviços.

As organizações, por sua vez, requerem líderes proativos com uma formação acadêmica robusta e vasta experiência em gestão. Tais líderes devem ser capazes de promover a união entre os integrantes da equipe, executar estratégias inteligentes para atrair e fidelizar clientes, e ainda serem ágeis na coleta de dados e na tomada de decisões em um ambiente de negócios extremamente competitivo.

Peter Ferdinand Drucker (1909-2005) foi um destacado escritor, professor e consultor na área de gestão, nascido em Viena, Áustria, e que faleceu na Califórnia, EUA. Ele é mundialmente reconhecido, e diga-se de passagem com muito mérito, como “o pai da administração moderna”. Suas obras transformaram a ciência da administração ao questionar métodos convencionais e promover inovações que continuam a trazer benefícios tanto para empresas quanto para indivíduos.

Drucker nos brindou com um rico legado, que inclui uma variedade de artigos, mais de 30 livros e importantes lições, entre as quais destacamos: gestão corporativa nas mãos de um ignorante tem sido uma arma perigosa para qualquer empresa; para conquistar algo novo, é necessário prescindir do que já não serve mais; um negócio bem-sucedido é resultado da coragem de quem decidiu agir; o planejamento não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes; mais arriscado que mudar é continuar fazendo o mesmo; a inovação sempre significa um risco; acima de tudo, inovação não é invenção; a inovação é mais um termo de economia do que de tecnologia.

Nos últimos 25 anos, a humanidade passou por uma transformação profunda. É possível que muitos ainda não tenham notado isso. Como nos conectamos com o mundo, influenciada pelas inovações tecnológicas, alterou nossos comportamentos em todos os sentidos.

Se antes o dono do negócio se preocupava apenas com a concorrência localizada na esquina da rua de cima, atualmente a forma de fazer negócio mudou bastante. Isso se deve ao fato de que o universo empresarial está em constante evolução, e com o avanço da tecnologia e da disrupção digital, uma nova era começou a emergir: a Nova Economia.

A disrupção digital refere-se à otimização de processos por novas tecnologias digitais, impactando a produção das empresas e o consumo das pessoas. Essas mudanças têm gerado melhorias significativas em todos os mercados, beneficiando grandes e pequenos empreendedores.

A transição para o meio  digital representa uma das mais significativas mudanças na forma de se fazer negócios. Os produtos, canais de comunicação, parcerias e o atendimento substituíram o offline pelo online. Com a crescente presença dos smartphones e da internet na vida dos consumidores, tornou-se essencial para os empreendedores oferecerem seus serviços e produtos nos canais digitais.

Nesse novo mundo, é aconselhável que todos se ajustem às mudanças para usufruir das vantagens que as tecnologias emergentes proporcionam em comparação aos métodos tradicionais de um passado recente.

Assim, a valorização do capital humano, a dedicação à formação contínua e a habilidade de se ajustar às inovações tecnológicas digitais são fundamentos essenciais para iniciar a modernização de qualquer negócio. No entanto, há gestores que ainda teimam em manter modelos obsoletos, que não atendem  mais às demandas do tempo presente.

Em um ambiente de negócios competitivo e dinâmico, impulsionado pelas novas tecnologias e disrupção digital, é essencial que os líderes aprimorem suas habilidades. Isso abrange o desenvolvimento de inteligência emocional, pensamento estratégico, liderança colaborativa, promoção de talentos, decisões baseadas em dados, foco em sustentabilidade, comunicação clara e resiliência.

Assumir a liderança de uma corporação traz desafios significativos e requer também autodesenvolvimento contínuo e capacitação para comandar equipes em busca de vantagem competitiva, o que implica valorizar o trabalho em equipe, as sessões de brainstorming e a troca de ideias. Além disso, é indispensável que o líder estabeleça critérios de avaliação que considere fatores externos, enfrentando assim os desafios das novas estratégias corporativas.

É relevante destacar, em complemento ao que foi mencionado, que a transparência no planejamento é para motivar equipes a alcançarem seus objetivos. Um plano de crescimento bem estruturado potencializa ideias e ações, enquanto minimiza riscos. Esse plano deve incluir todos os setores da corporação, como finanças, marketing e vendas, funcionando como um instrumento que une colaboradores, em busca da reavalição, mudança e inovação, promovendo um crescimento equilibrado.

Em resumo, penso que as corporações que promovem uma comunicação eficaz e valorizam a criatividade de seus colaboradores tendem a criar um ambiente de trabalho mais ágil e produtivo. Para assegurar o sucesso e a sustentabilidade dessas organizações, é fundamental adotar a tríade reavaliar, mudar e inovar, que se configura como uma estratégia perfeita para manter a relevância em um mercado competitivo e imprevisível.

“Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções.” Antoine de Saint-Exupéry.

Entendo que, na jornada da vida, não devemos temer ou aceitar as coisas sem antes refletir. O ideal é compreendê-las e corajosamente seguir em frente com dignidade. Penso que a luta é uma constante na vida, um desafio que nos permite testar nossa capacidade de lutar, superar e triunfar.

Walmor Tadeu Schweitzer

Professor Universitário