Um marco histórico para a humanidade.

Um marco histórico para a humanidade.

 

O rádio cumpre um papel de companhia. Enquanto é escutado, tem-se a sensação de que não se encontra só, é como se o locutor estivesse próximo conversando.

 

 

A história das ondas do rádio teve inicio com o estudo realizado pelo matemático e fisico escocês James Clerk Maxwel em 1863. No entanto, a demonstração experimental da geração das referidas ondas magnéticas só ocorreu em 1887, pelo físico alemão Heinrich Hertz após inumeros ensaios em seu laboratório.

A invenção do rádio, ocorrida em 1895, é atribuida universalmente ao Italiano Guglielmo Marconi, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1909. Sua obra percorreu importantes etapas desde os primeiros experimentos na Itália, passando pela consagração internacional a inauguração da iluminação do Cristo Redentor no Rio, direto de sua casa em Roma. A partir de 1901, o rádio passou a ser produzido em grande escala para a comercialização.

Observa-se que há no Brasil uma farta literatura que denuncia uma injustiça contra o Padre Roberto Landell de Moura onde constam que Landel de Moura é o verdadeiro “pai”do rádio, contrapondo desse modo, a história oficial de que Marconi fora o único inventor do rádio.

“Toquem o Hino Nacional!” Essas foram as primeiras palavras que o gaúcho porto alegresense, padre brasileiro Roberto Landell de Moura (1861-1928) disse na inédita demonstração pública de transmissão de rádio, em 16 de julho de 1899.

A invenção do rádio foi um marco na comunicação humana, impactando positivamente a vida das pessoas, isto porque seu som tem o poder de construir imagens mentais, possibilita criar podcasts, talk shows, entrevistas com artistas, programas …

A chegada do rádio mudou totalmente a situação de isolamento temporário das pessoas. É considerado o primeiro veículo de comunicação de massa, cuja invenção reúne uma série de descobertas anteriores, como a telegrafia, o telefone sem fio e as ondas de transmissão. A estrutura de uma emissora é simples: bastam microfone, mesa de som, transmissor, antena, receptor e um bocado de conhecimento de física para fazer tudo funcionar.

A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 1923 por Edgard Roquete Pinto e Henry Morize. O antropólogo Roquete Pinto, que fazia parte da Academia Brasileira de Ciências, viu no rádio uma forma de difundir a educação, permitindo que pessoas analfabetas tivessem acesso à informação.

Um relato sobre a importância do rádio na vida das pessoas: “O ouvinte, ao escutar o jogo no rádio, sabia quem atacava para que lado, quem era o jogador que estava com a bola e o que ele fazia, além de compreender o posicionamento dos outros jogadores em campo, e, acima de tudo, sabia quando acontecia o momento máximo deste esporte, o gol. A transmissão tinha que ser rápida para ser eficiente. Alguns segundos de displicência por parte do locutor já seria o suficiente para que seu interlocutor perdesse um lance da partida. A intervenção dos repórteres, comentaristas e plantonistas é um dos grandes sucessos da transmissão radiofônica, que, não tendo imagens, busca atrair o ouvinte com a riqueza de detalhes, fazendo a imaginação do espectador fluir.”

Demonstram os dados fornecidos em 22 de novembro de 2023, pela Associação Técnica da Radiodifusão Brasileira, que o Brasil possui um total de 9.946 emissoras, sendo 4.258 FM, 1.037 AM e 4.651 comunitárias.

Estudo Inside Audio 2024 feito pela Kantar IBOPE, Média, aponta que 69% dos ouvintes gostam de se conectar ao radio como meio de obter informações da cidade em que vivem por seu caráter confiável. Informa ainda esse instituto, que 90% das pessoas residentes nas principais regiões metropolitanas do Brasil ouvem rádio diariamente. Esse porcentual correponde a 52 milhões de brasileiros.

É o rádio! É história, é moderno, é eterno, é mutante, é gigante… É ágil, emociona, agita, acalma, canta, encanta, informa, transforma…É vício, é paixão, é companhia…É todo dia! (Joubert de Jesus Carvalho)

Walmor Tadeu Schweitzer

Professor Universitário

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